sexta-feira, 15 de junho de 2012

"As estrelas caem do céu e os cavaleiros do horror galopam sobre a terra levando consigo a fome, a peste, a guerra e a morte. O Cosmos está alterado. Os anjos submetem a humanidade corrompida a um banho de sangue, mas os seres celestiais levam a morte à terceira parte dos homens através de vinte mil vezes dez mil cavalos com  cabeça de leão que lançam fogo, fumaça e enxofre pela boca. Segundo está escrito, estas três exalações de suas faces causam a morte dos homens". [tradução livre]
                  (Walther; Wolf. Obras maestras de la iluminación. p.182, séc XIII. Colônia: Taschen, 2005)

Apocalipse de Lambeth, 1260/70, Londres, MS 209
Lambeth Palace, biblioteca de Canterbury - Londres

Dentro dos estudos dos principais manuscritos iluminados podemos distinguir variados tipos ou temas tratados. O que postei hoje chamamos de "Apocalipse". São manuscritos que, através de escrita e imagens possuem os textos do Apocalipse de são João. São ricamente iluminados. 
Alguns contém páginas divididas ao meio entre imagem e texto como o da imagem acima, mas existem outros formatos. Os mais comuns são:

Comentários sobre estes textos bíblicos (Comentário do Apocalipse de são João, Beato de Liébana, Espanha, séc X, biblioteca Pierpont Morgan - Nova York).


Possuem páginas inteiras com imagens (Apocalipse de Bamberg, Alemanha, séc XI, biblioteca de Bamberg - Alemanha)


Páginas com capitulares ornamentadas (Apocalipse do Trinity College, norte da França ou Inglaterra, séc. XIII, biblioteca do Trinity College de Cambridge)


Comumente encomendados por reis, rainhas ou pela igreja, são feitos com rica matéria prima: Ouro, prata, além de utilizarem tonalidades de cores consideradas nobres como o roxo, assim como o azul, verde e vermelho são muito frequentes. Normalmente, eram de uso pessoal de seus proprietários ou para leitura em voz alta para os monges em seus monastérios seguindo determinadas datas do Calendário Cristão.
A todos, um ótimo dia. 
Bárbara Covre

Nenhum comentário:

Postar um comentário